2012



Instalação Performativa, Exposição Fotográfica e Vídeo-Instalação

Câmara Escura é um projecto a apresentar em espaço público que conjuga o mecanismo da fotografia e da imagem com o espaço em que se realiza, o património imaterial de Guimarães. Trata-se de um projecto que convoca o público a fruir a cidade pelo mundo da fotografia e dos seus procedimentos, desde a invenção da fotografia até ao início do cinema, à procura de uma identidade.

Através da fotografia trabalha-se o universo dos saberes-fazer locais, particularmente o que está associado a profissões tradicionais e a indústrias nucleares da região de Guimarães, a Cutelaria e os Curtumes, acrescentando o que de mais contemporâneo se faz na tecnologia da robótica. Neste contexto, encontrámos como principais interlocutores a Herdmar – Fábrica de Cutelarias, a Madroa – Fábrica de Curtumes, e o Laboratório de Automação e Robótica do Centro Algoritmi da Universidade do Minho.

De cada ofício procurámos conhecer os processos de produção, as suas técnicas associadas, os seus segredos e a sua poética. A memória destas artes leva-nos, assim, a perceber a paisagem da cidade de Guimarães, como foi crescendo e sendo desenhada em função do trabalho, configurando também uma identidade própria a este conhecimento profissional, a maior parte das vezes de raiz familiar, que transporta e projecta consigo o ser/estar vimaranense.

A Câmara Escura contém, então, diferentes modos expressivos: uma instalação performativa, uma exposição fotográfica e uma vídeo-instalação, estas duas últimas, denominadas Saber-Fazer. No vídeo, dá-se voz aos actores reais de cada ofício; na fotografia, representa-se o território imagético de cada profissão; na performance, o público é convidado a entrar numa câmara fotográfica concebida à escala humana onde a história da imagem (da sua evolução técnica), representada teatralmente, se conjuga com a história destes saberes-fazer, isto é, com as características que contaminam uma identidade. 

Junto da instalação performativa, haverá ainda uma câmara pinhole portátil através da qual o público poderá adquirir uma fotografia revelada no momento. Neste projecto, privilegia-se também a acção educativa com a realização de cursos de fotografia estenopeica, estando as inscrições abertas ao público.

© Pedro Medeiros

FICHA ARTÍSTICA
Ricardo Seiça: Concepção, direcção geral, investigação, encenação da performance, performer.
Pedro Medeiros: Criação em fotografia, investigação, coordenação de formação, montagem de exposição, produção.
Nuno Patinho: Criação em vídeo, investigação, direcção técnica, luz, construção de pinhole portátil.
Gil Mac: Criação de banda sonora para vídeo-instalação, investigação, design gráfico, performer.
Margarida Cabral: Criação de figurinos e adereços, produção executiva, performer.
Marta Félix: Produção executiva, performer.
Filipe Raposo: Criação de banda sonora para instalação performativa.
Eduardo Guimarães: Criação de projecto de arquitetura para instalação performativa.
COMBITUR: Construção de instalação performativa, apoio à residência artística.
Joana Bem-Haja: Animação 3D, edição.
Sandra Correia: Pós-produção.
Carlos Gago: hair stylist.

CO-PRODUÇÃO
projecto BUH!; Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura
PATROCÍNIO
COMBITUR – Construções Imobiliárias e Turísticas
APOIOS
CCVF - Centro Cultural Vila Flor; Fábrica de Curtumes da MADROA, Amadeu e Filhos Lda.; HERDMAR – Fábrica de Cutelarias Manuel Marques Herdeiros S.A.; Laboratório de Automação e Robótica - Centro Algoritmi - Universidade do Minho; ILFORD PHOTO; Cineclube de Guimarães; SAR – Soluções de Automação e Robótica Lda., botnroll.com; Cinzento Preto - Fotografia e Imagem Digital; BABEX – Alfredo José Ribeiro Fernandes & Filhos, Lda.; Id Design by Carlos Gago; Mars Perfurmaria
CAV / Encontros de Fotografia; mafia – Federação Cultural de Coimbra; RUC – Rádio Universidade de Coimbra; CITAC; TEUC

© Pedro Medeiros
LOCAIS DE APRESENTAÇÃO
Instalação Performativa: Jardins do Centro Cultural Vila Flor (2 espetáculos diários com lotação limitada a 50 pessoas).
Exposição Fotográfica e Vídeo-Instalação: Palácio Vila Flor (piso -1).
Cursos de Fotografia Estenopeica: Secção de Fotografia do Cineclube de Guimarães.

CALENDÁRIO DE APRESENTAÇÃO
Instalação performativa, Exposição fotográfica e vídeo-instalação: 25 de Maio a 17 de Junho de 2012.
Os horários dos dois espetáculos diários da instalação performativa: 13h30m e 15h.

Exposição Fotográfica e Vídeo-Instalação

Saber Fazer é uma exposição fotográfica e uma vídeo-instalação que é parte integrante do projeto Câmara Escura, completando-se com a instalação performativa nos jardins do Centro Cultural Vila Flor. Através da fotografia trabalha-se o universo dos saberes fazer locais, particularmente o que está associado a profissões tradicionais e a indústrias nucleares da região de Guimarães, os Curtumes e a Cutelaria, e acrescentando o que de mais contemporâneo se faz na tecnologia da robótica. Neste contexto, encontrámos o passado e a possibilidade de futuro, e como principais interlocutores a Madroa – Fábrica de Curtumes, a Herdmar – Fábrica de Cutelarias, e o Laboratório de Automação e Robótica do Centro Algoritmi da Universidade do Minho.

De cada ofício procurámos conhecer os processos de produção, as suas técnicas associadas, os seus segredos e a sua poética. A memória destas artes leva-nos, assim, a perceber a paisagem da cidade de Guimarães, como foi crescendo e sendo desenhada em função do trabalho, configurando também uma identidade própria a este conhecimento profissional, a maior parte das vezes de raiz familiar, que se inscreve no corpo e que simbolicamente transporta e projeta consigo o ser/estar vimaranense que, afinal, ressoa a própria portugalidade.

Na exposição fotográfica, o olhar cúmplice de Pedro Medeiros explora o território imagético de cada saber fazer e o modo como ele dialoga com o ser e o sentido de pertença; na vídeo-instalação, o olhar fotográfico de Nuno Patinho revolve-se com o olhar etnográfico de Ricardo Seiça, e com a escuta de Gil Mac, propondo a extensão deste diálogo fundamental que a imagem, agora em movimento, germina. Assim, a expressão dos processos, da memória e de uma poética assente nestes saberes fazer, projetados para aquilo que esta gente do Minho, talvez mais que ninguém, consuma: o carácter, a aptidão e a qualidade de ser português.

© Pedro Medeiros
FICHA ARTÍSTICA
Exposição fotográfica: Pedro Medeiros
Vídeo-instalação: Nuno Patinho e Ricardo Seiça
Instalação Sonora: Gil Mac



GUIMARÃES NO BURACO DA AGULHA | Instalação “Work in Progress”.
Ação Educativa Câmara Escura


Sinopse
Esta oficina de trabalho pretende convocar os seus participantes para a divulgação da história e património da cidade de Guimarães, do seu passado e identidade, mas, igualmente constituir um olhar contemporâneo sobre os mais carismáticos edifícios e empreendimentos arquitectónicos do seu actual espaço urbano.
Criação de uma oficina de trabalho para o ensino do mecanismo de construção de uma câmara fotográfica “pinhole” portátil. Ensino do seu modo de funcionamento, mecanismo geométrico e dos cálculos necessários à captação de uma imagem através deste processo.
Os formandos serão convidados a construir as suas próprias Câmaras fotográficas “pinhole” e a proceder, com este equipamento, ao registo de fotografias na Cidade de Guimarães.

As Fotografias pinhole realizadas pelas formandas e formandos dos Cursos de Fotografia Estenopeica foram expostas junto da exposição Saber Fazer.
Guimarães, 31 de Maio a 16 de Junho de 2012.

Coordenação de Formação: Pedro Medeiros.
Apoio: Secção de Fotografia do Cineclube de Guimarães.






PEDRO E INÊS
Tragédia em IV Actos
Adaptação livre do romance Inês de Castro de María Pilar Queralt del Hierro
Teatro e Comunidade

© Pedro Várzeas
Sinopse

Tomando o romance histórico de Maria Pilar Queralt del Hierro, Inês de Castro, como estrutura para a peça teatral, imprime-se no espectáculo dois tempos que se fazem corresponder com dois planos dramáticos: o da história de Pedro e Inês, do amor entre uma aia que se torna rainha e de um príncipe que se torna rei viúvo, e que representa a aristocracia medieval do século XIV, em Portugal; e o tempo do medieval tardio, em que a história é contada retrospectivamente, agora na perspectiva do povo, nas tabernas, representando o plano da história em que há uma atracção pela violência do dramatismo do amor de Pedro e Inês.
O espectáculo resulta de um laboratório continuado ao longo do ano, com elementos do TASS, um grupo de jovens e adultos da freguesia de S. Silvestre.


Direção geral e encenação: Ricardo Seiça

Elenco: Zé Alberto; António Cheganças; Mariana Almeida; Sr. Moreira; Fernanda; António Luís, Luís;   Rachid; Alberto Salgado; Licínia Seiça; Mariana Alves; Sr. Manuel; D. Alice; Ricardo Seiça; Joana Gomes;   Mariana Cortesão; Carolina; Marcelo; Leandro;
Luz: Adriano Gomes
Som: André Abreu, Diogo, João Seiça
Produção: Tricanas de S. Silvestre; projecto BUH!
Apoio: Câmara Municipal de Coimbra; mafia





ENFORCAMENTO DO LADRÃO e a QUEIMA DA BRUXA

© Pedro Várzeas

Apresentação de duas performances no âmbito da Feira Medieval de S. Silvestre dirigidas por Ricardo Seiça e apresentadas pelo grupo TASS.

HISTORIAL TASS (Teatro Amador de São Silvestre)
Nascido em 2006, o TASS é o resultado de dos vários cursos intensivos de teatro que o projecto BUH! promoveu, aliando-se à Associação Cultural e Recreativa TRICANAS DE S. SILVESTRE, como forma de dinamizar o teatro na comunidade, e no seio da ‘Feira Medieval de São Silvestre’. Em 2006 e 2007, o curso teve patrocínio da Direcção Regional da Cultura do Centro. Na sua maioria é composto por jovens da freguesia (de idades entre os 15 e os 25 anos) promovendo, todos os anos, a oportunidade de rapazes e raparigas participarem num curso de teatro, dirigido por um profissional da área. Gradualmente, optou-se pela integração também de adultos na concepção das várias iniciativas que o grupo desenvolve.