2014

Em Reunião
das reuniões como práticas performativas | das práticas performativas como reuniões


© Isabel Brison

SINOPSE
Em Reunião é uma interrogação sobre a capacidade e os modos de acção colectiva para a qual convidamos também, um conjunto de colectivos que virão partilhar as suas experiências. O convite e a interrogação sobre “a reunião” respondem ao que sentimos ser uma das principais inquietações do baldio: como podemos organizar-nos colectivamente?
Com Em Reunião o baldio ocupa o Teatro Municipal Maria Matos com um seminário de André Lepecki, 4 conferências, 10 reuniões abertas ao público levadas a cabo por colectivos como a UNIPOP, a Casa do Vapor, o AndLAb, o DEMIMONDE, os Primeiros Sintomas, o OBSERVATÓRIO DAS TRANSFORMAÇÕES XXXX DA CIDADE DE LISBOA, o Corpo de Multidão, as ARTÉRIA, o PEDRAS e a Stress.FM.
Finalmente, haverá um brinde de apresentação ao que tem sido e ao que pode vir a ser o baldio, generosamente acalorado pelo Chef Rø.

Trata-se de juntar gente, esforços, saberes, meios… reunir parece ser condição essencial para agir colectivamente. E é elemento essencial no trabalho do palco.
A reunião é a um tempo só um início e um momento de balanço. Mas as reuniões existem sempre em situação, são contextuais, e dependem inteiramente de quem as faz, de como são feitas, e para quê. São absolutamente performativas. Sendo, em si, um tipo particular de ação, precedem ações mais visíveis: são como que os bastidores dessas ações, o lugar onde elas se decidem.
Google-se a palavra e aparecem: reuniões de pais, de operários, summits, eucaristias, entrevistas de emprego… Encontram-se reuniões de e é esse de que lhes parece dar a forma e o tom, o que deixa no ar a questão de como serão as reuniões quando esse de não é um dado adquirido, mas sim algo em construção, feito de cumplicidades, consensos, desacordos, conflitos, tomadas de decisão participadas; quando esse de incorpora a ecologia particular de um lugar.
Se as reuniões podem ser vistas como práticas performativas (elas implicam uma distribuição de papéis e de funções), as práticas performativas assentam no ato de reunir. O próprio teatro é sempre criação coletiva e qualquer espetáculo reúne público e atores, normalmente de dois lados dos holofotes, mas cada vez mais misturados em projetos comunitários ou espetáculos participativos.
Virar as coisas do avesso, olhar para este momento que fica entre o que já fizemos e o que vamos fazer, e que, refletindo o passado, abre lugar ao futuro, é a nossa proposta. Porque nos parece fazer falta tanto reactivar as capacidades de uma possível acção colectiva como compreender os moldes, os limites e as possibilidades de como a colocar em prática, propomos ao espaço do teatro (em si lugar de reunião) que esteja em reunião.

14 e 15 de Março.


FICHA TÉCNICA
curadoria: Ana Bigotte Vieira, Joana Braga, Ricardo Seiça Salgado e Mark Deputter
imagem: © Isabel Brison
espaço: Alex Roemer, Joana Braga, Marco Balesteros
elementos gráficos: Isabel Lucena, Marcos Balesteros
co-produção: baldio – estudos de performance e Teatro Maria Matos
gestão: projecto BUH!


O baldio tem patrocínio de:
DGArtes/Presidência do Conselho de Ministros/Secretaria de Estado da Cultura
Fundação Calouste Gulbenkian
e é apoiado pela:
Re.al | A & M Sousa – Comércio e Reparação de Automóveis, Lda.
Agradecimento espacial ao:
São Luiz Teatro Municipal | espaço alkantara | Teatro Praga



HISTORIA ORAL DO TEATRO UNIVERSITÁRIO 
(Formação / História do Teatro Português)


SINOPSE
Seminário onde se abordam as metodologias da História Oral e da Etnografia Participante, equacionando a sua validade enquanto ferramentas possíveis para uma recolha de testemunhos sobre a história do teatro universitário.

Estrutura do seminário:
a) Parte teórica relativa às técnicas de recolha de História Oral e etnografia participante;
b) Parte prática de acompanhamento e elaboração de uma grelha de entrevistas, seguido de acompanhamento à distância do trabalho realizado até à sua publicação final.


Com este projecto pretende-se contribuir para que os elementos dos grupos de teatro universitários recolham a sua própria história, munindo-os de meios para tal.

Sessões presenciais: 12 e 13 de Maio 2014.


FICHA TÉCNICA  
Monitores: Ana Bigotte Vieira, Ricardo Seiça Salgado.

Patrocínio: FATAL - Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa.
Agradecimento especial ao Rui Teigão.



MANIFESTO PRÓ-KAMALHÃO
- o regresso da velha -


foto de Cristiano Cortesão

Performance concebida exclusivamente para o Festival Kamalhão Rock Fest 2014, que acontece em S. Silvestre - Coimbra, 4 e 5 de Julho. 

SINOPSE
O Manifesto Pró-Kamalhão dá continuidade à saga começada em 2013 no âmbito do mesmo Festival em que foi apresentado o Mito de Origem do Kamalhão.
Um performer e um músico exploram agora a potência metafórica do voo galáctico da velha, personagem mítica da saga que reencarna e volta de uma viagem profunda à atitude da possibilidade de ser, remapeando as mentalidades agora do universo português e explorando soluções libertárias ao engodo que elas encerram.

ver Manifesto Pró-Kamalhão


FICHA ARTÍSTICA
Concepção: Ricardo Seiça Salgado
Performers: Ricardo Seiça Salgado, Bruno Relva



AS SENHORAS DAMAS DE D. JOÃO
E A ORIGEM DA QUINTA DE S. SILVESTRE


fotos de Cristiano Cortesão

SINOPSE
Partindo da real história da origem de S. Silvestre (aldeia formada formalmente em 1415) este drama explora a história das filhas de João Gomes da Silva, um dos braços direitos do rei D. João I. Foi primeiro embaixador da dinastia de Avis, tendo chegado a alferes-mor do rei. A vida deste homem, sempre ocupado em assuntos do reino, fazia com que passasse grandes temporadas por fora. Foi sua esposa, D. Margarida Coelho, filha de Egas Coelho, quem se incumbiu da educação das filhas: a intempestiva Teresa da Silva, de quem ninguém esperava que bom homem a aturasse; e a doce e inteligente Isabel Gomes, conhecida donzela do lugar que cedo caiu nas graças de senhores da cidade de Coimbra. A partir dos factos reais aparece então a ficção que se constrói à volta dos namoros e casamento destas duas filhas de D. João.


FICHA TÉCNICA 
Direção geral, dramaturgia e encenação: Ricardo Seiça Salgado
Elenco: Andreia Gomes, Marcelo Cortesão, Leandro Pimentel, Diana Raquel, Zé Ferreira, Mariana Cortesão, Carolina Vicente, Meno, Ricardo Seiça, Elizabete Carvalho, Ana, Cláudia, grupo de jovens de S. Silvestre, Coro D. Aires da Silva. 
Música ao vivo: Rui Alves, Pelini, André Vieira
Luz: Adriano Gomes
Som: André Abreu, Diogo
Produção: Tricanas de S. Silvestre; projecto BUH!
Apoio: Câmara Municipal de Coimbra; mafia



ENFORCAMENTO DO LADRÃO e a QUEIMA DA BRUXA

Apresentação de duas performances no âmbito da Feira Medieval de S. Silvestre dirigidas por Ricardo Seiça Salgado e apresentadas pelo grupo TASS.